Você realmente vai querer começar a meditar depois de ler isso!

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A meditação é a principal prática de desenvolvimento espiritual para praticamente todas as tradições espiritualistas há milhares de anos. Do Oriente ao Ocidente, sempre que alguém busca um caminho de evolução, vai acabar entrando em contato com a meditação.

Hoje em dia as pesquisas científicas mostram que esta prática é realmente muito poderosa, pois causa mudanças significativas no cérebro e no corpo todo.

Eu pratico e indico uma série de meditações diferentes, mas todas elas envolvem a utilização da mente, o que fortalece os nossos “músculos” cerebrais. Leia abaixo um trecho retirado do livro Foco, de Daniel Goleman, e veja se vale a pena ou não incluir esta prática no seu dia a dia.

NA ACADEMIA DE GINÁSTICA DA MENTE
Pense na atenção como um músculo mental que podemos fortalecer por meio de exercícios. A memorização exercita esse músculo, bem como a concentração. O equivalente mental de uma série de levantamento de peso é perceber quando nossa mente divaga e trazê-la de volta ao alvo. Ocorre que esta é a essência do foco unidirecional na meditação, que, visto pela lente da neurociência cognitiva, normalmente envolve o treinamento da atenção. Somos orientados a manter o foco em uma coisa, como um mantra ou a própria respiração. Tente fazer isso por um tempo e inevitavelmente a sua mente irá divagar. Assim, as instruções universais são as seguintes: quando a sua mente divagar —e você perceber que isso aconteceu —, traga-a de volta ao seu ponto focal e mantenha sua atenção lá. E quando a sua mente voltar a divagar, faça a mesma coisa. E de novo. E de novo. E de novo. Neurocientistas da Universidade Emory usaram imagens feitas por ressonância magnética para estudar os cérebros de meditadores passando por esse simples movimento da mente. 8 Há quatro passos nesse ciclo cognitivo: a mente divaga, você percebe que ela está divagando, você transfere a atenção para a respiração, e você a mantém lá.
 
Durante a divagação da mente, o cérebro ativa os circuitos mediais habituais. No instante em que você percebe que sua mente divagou, outra rede de atenção, a de ênfase, se alerta. E quando você muda o foco novamente para a respiração e o mantém lá, os circuitos de controle cognitivo pré-frontais assumem o comando. Como em qualquer exercício, quanto mais repetições são feitas, mais forte fica o músculo. Um estudo descobriu que pessoas com experiência em meditação eram capazes de desativar seus circuitos mediais mais rapidamente após notar a divagação mental. Uma vez que seus pensamentos se tornam menos “grudentos” com a prática, fica mais fácil abandoná-los e retornar à respiração. Foi detectada uma maior conectividade neural entre a região mental da divagação e aquelas que desligam a atenção. 9 A conectividade aumentada nos cérebros de pessoas que meditam há muito tempo, sugere o estudo, é análoga aos peitorais trabalhados dos levantadores de peso que participam de competições. Quem faz musculação sabe que não ficará com uma barriga tanquinho levantando pesos livremente —é preciso fazer um esforço determinado para trabalhar os músculos relevantes. Músculos específicos respondem a regimes de treinamento particulares. O mesmo ocorre com o treinamento da atenção. A concentração em um ponto é o formador básico da atenção, mas essa capacidade pode ser aplicada de muitas maneiras diferentes. Na academia de ginástica mental, como em qualquer treinamento físico, as especificidades do treino fazem toda a diferença.
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